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OBRAS

ANDRÉ FILUR

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André Filur é artista visual autodidata, nasceu e vive em São Paulo (Brasil).

 

Inicialmente ilustrador, descobriu no graffiti a possibilidade de expandir e intervir em diferentes meios, mas à medida que sua investigação se aprofunda, seu trabalho passa a transitar em diversos suportes e técnicas. Sua pesquisa baseia-se na arte popular brasileira e seus misticismos, com ênfase nas carrancas do São Francisco, nos ex-votos, em simbologias de matrizes africana e indígena com um olhar contemporâneo. Além disso, dentro de sua pesquisa, o artista busca resgatar sua ancestralidade e a retratar sentimentos vividos.

 

Dessas referências, Filur tem uma forte relação com os seus sonhos, muitas de suas obras já se manifestam antes mesmo do início de sua execução, em um contato direto com seu universo onírico. A imagem e a escolha das cores, assim como o título já lhe são apresentadas nessa relação íntima com o universo holístico, já antevendo o desdobramentos para projetos e exposições. Nessa relação, as obras de Filur são uma nova forma de mesclar questões e materiais contemporâneos com suas próprias mitologias, ressignifica a iconografia e constrói novos símbolos, criando uma nova imaginária popular e sacra

ENTREVISTA

Como você entrou para o mundo das Artes?
Iniciei no universo das artes cedo, comecei como ilustrador e em meados de 1998 descobri no graffiti, após isso meu trabalho passa a transitar em diversos suportes e técnicas.

O que você entende como Artes Plásticas? 
Vejo a Arte como expressão da alma.

Como você define sua Arte? 
Vejo como arte popular brasileira com um olhar contemporâneo.

Quais são suas maiores referências no mundo das Artes?
Mestre Guarany, Ana das Carrancas, Conceição dos bugres.

Quais são os principais temas utilizados em suas obras? E por quê? 
Utilizo como temas em minhas obras, a espiritualidade, os misticismos populares e a miscigenação através da arte popular brasileira, com ênfase nas carrancas do São Francisco, nos ex votos, nas doutrinas de matrizes indígena e afro-brasileira. 

Quais são as principais técnicas utilizadas em seu trabalho? E quais delas você mais gosta de utilizar?
Pintura, escultura, gravura, murais e instalações.
Não tenho um técnica preferida, gosto de todas com as suas particularidades.

O que você busca passar através de suas obras para o espectador? 
Costumo expressar meu estado de espírito em minhas obras, mas gosto que o espectador sinta aquilo que desejar.

 

Quais as melhores e maiores experiências em sua carreira artística? A experiência que mais me marcou foi realizar uma obra para o governo da Itália, onde fui convidado pelo consulado italiano de São Paulo para uma viagem de inspiração, conheci de Norte à Sul da Itália e ao final desta viagem, produzi um obra que entrou para o acervo do Ministério do Turismo da Itália em Roma.

Em sua obra existe um cunho de protesto além do que se é obviamente visto? Se sim, qual? Se não, há algum tema que desperte a sua vontade de protestar?
Querendo ou não existe um protesto, de forma sútil, de valorizarmos nossa cultura popular, nossa história.

Você tem interesse em fazer uma exposição itinerante? Se sim, como você imagina essa exposição? Saberia dizer qual tema gostaria de abordar? 
Tenho interesse sim… 
Tenho duas exposições em mente, ainda sem título definido.

Uma exposição seria com obras expostas em hologramas e nfts através de tablets, com o tema que costumo abordar, da arte popular brasileira, das carrancas, dos ex-votos, mas com essa ideia contemporânea do digital

A outra exposição seria o mesmo tema da arte popular brasileira, das carrancas, dos ex-votos, mas com pinturas, esculturas, gravuras e instalação.

Aonde você almeja chegar como Artista Plástico? 
Meu objetivo é inserir meu trabalho em importantes coleções públicas e privadas, além de feiras de arte pelo mundo.

 

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