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OBRAS

JEAN LIMA

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Jean Lima nascido em Feira de Santana - Bahia, obtém um vasto currículo.

“Assim como quase todos envolvidos em expressões artísticas, eu também comecei a me interessar pela área ainda criança, mas foi na época da graduação na EBA- UFBA em 2002 que tive acesso ao mundo das artes de fato, a história da arte me apresentou os artistas e os movimentos artísticos. E isso foi determinante e imprescindível!
 

Me inspiro em coisas simples, tenho uma atração especial pelas cores, há uma riqueza cromática no mundo, desde as cores do céu em um fim de tarde às variações do azul do mar.

 

Há em meus trabalhos influências do contemporâneo e do abstrato, mas também da cultura regional; trato os traços culturais sob uma perspectiva ampliada; me interesso pelo sertão, pelo sertanejo e seus costumes, pelos povos tradicionais e pelos litorâneos e suas características.”
 

ENTREVISTA

Como você entrou para o mundo das Artes? 
Apesar de ter uma história com as expressões visuais desde a infância, foi durante a graduação em Belas Artes (UFBA) que o mundo da arte se abriu pra mim. Fiquei encantado com a História da arte, com os artistas, com os movimentos artísticos, tudo aquilo desde a arte rupestre até a arte contemporânea me gerou um fascínio e encontrei a reverberação das coisas pelas quais sempre me interessei desde criança. Inicialmente pela  forma e a cor, mas nessa época as significações, os sentidos, a semiótica e a filosofia da arte agregaram-se a isso que podemos chamar aqui de "paixão infantil". 


O que você entende como Artes Plásticas? 
O termo é historicamente ligado às expressões da pintura, do desenho e da escultura. Já  "plásticas" refere-se à beleza e à concepção artística visual que sai do mundo das ideias e passa a ocupar um lugar no mundo real. É o pensamento que tomou corpo, que se tornou real, que saiu da abstração do pensamento e ocupa um lugar no mundo das coisas.


Como você define sua Arte?
É o meu trabalho, o meu amor, a minha convicção... Não deixa de ser também minha contribuição no tempo e no espaço, e quem sabe, em algum nível, minha prova de existência. Orgulha-me muito o fato de que meu trabalho e trajetória sejam relevantes, mesmo que seja numa fração do tempo e num determinado recorte de memórias em que estão minha filha, meus irmãos, meus pais. Pessoas próximas a mim e que reconheçam que há a partir de mim contribuição à arte, mesmo que seja apenas num grupo seleto. Quando eu morrer, essas pessoas certamente falarão de mim e ao falar, falarão do que produzi e do que deixei no mundo.


Quais são suas maiores referências no mundo das Artes? 
São muitos. Para citar alguns nomes, dentre os históricos: Leonardo da Vinci, pela vida como artista; Rembrandt Van Rijn, pela obra e pela contribuição estética; Willian Turner, pela vanguarda da pintura que produziu; Van Gogh, pelo amor à arte. Já entre os contemporâneos: Eudes Correa, Marcos Beccari, Voka, Williams Martins, dentre tantos outros.


Quais são os principais temas utilizados em suas obras? E por quê? 
Na verdade, não há principais temas. Como diria o poeta “mas pra não dizer que não falei das flores”, acho que trabalho no campo da memória e do pertencimento. Parto de um pressuposto em que a arte é o campo ao qual pertence a liberdade e a criatividade, e a partir daí tudo o que me atrai, me interessa ou me toca, serve como ponto de partida para as minhas produções. É bem verdade que há séries nas quais sempre estou recorrendo de tempos em tempos e criando peças novas, mas penso que o meu fazer artístico é libertário. E com esse pensamento, me vejo produzindo trabalhos dos mais variados suportes, estéticas, temas, estilos, materiais… sou um artista visual contemporâneo inquieto e persistente e talvez de pensamento não ortodoxo.


Quais são as principais técnicas utilizadas em seu trabalho? E quais delas você mais gosta de utilizar?
Graças a Deus e ao pensamento da liberdade criativa, não tenho algo que eu goste mais ou menos. Mas gosto muito, muito de aquarelas, esculturas nos mais variados suportes, óleo e acrílicas sobre telas… mas trabalhar com materiais estranhos também me seduz.


O que você busca passar através de suas obras para o espectador? 
Quero tocar o ser humano, tocar numa sensibilidade, num lugar de memória, num sentimento… criar com minha obra um ponto de contemplação e/ou inquietação. Mas o que é muito poético, é saber que uma obra minha que encontra uma nova moradia, funciona como alguém que tem lá na sua casa um pedacinho de mim e ao mesmo tempo é também um pedacinho da pessoa ou da história dela. Penso que se cria uma relação para a vida inteira, éramos dois “estranhos” que talvez jamais tivéssemos nos conhecido ou nos relacionado, mas que ao ter uma obra minha esses “estranhos” de outrora ficarão ligados por toda a vida por uma coisa em comum, a arte. E assim deixamos de ser estranhos.

Quais as melhores e maiores experiências em sua carreira artística? 
Para citar alguns, dentre tantos elenco: Participação na 35a Annual Philadelphia International Art Expo – October Gallery – Filadélfia EUA – 2020 - Selecionado para expor no Salão de Arte Brasileira em Liechtenstein - Suíça 2019/2020. Participação e curadoria na Exposição coletiva Raízes no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. 2019. Participação e curadoria na exposição coletiva Várias Vozes Visuais no Espaço Cultural SESC Feira de Santana (Matriz). 2019. Participação da exposição coletiva Croma Skhema no museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. 2018. Participação e curadoria da I Exposição Internacional de Arte (ocorreu simultaneamente no Museu de Arte Contemporânea - MAC Feira; e no Museu Regional de Arte - MRA CUCA). 2018.

 

Em sua obra existe um cunho de protesto além do que se é obviamente visto? Se sim, qual? Se não, há algum tema que desperte a sua vontade de protestar?
Sempre há uma áurea de protesto, acho que é um dos fundamentos do trabalho artístico. O cunho de protesto, no meu caso, é sobre o que penso sobre a arte e o título de artista.
Porém o que mais incita a vontade de protestar é o fator comportamento humano e/ou social. Porém ao protestar corre-se o risco de querer estabelecer regras ou definir certo e errado. E quando encontro esse caminho, tenho a predileção pela liberdade que considero que cada um tenha sobre qualquer que seja a coisa ou tema.


Você tem interesse em fazer uma exposição itinerante? Se sim, como você imagina essa exposição? Já saberia dizer qual tema gostaria de abordar?
Toda frase que comece ou que tenha a palavra "exposição" no meio me interessam. Gosto de expor, gosto de ser avaliado, criticado, observado, contraditado, se for o caso. Enfim, gosto de expor e também de todas as coisas que possam ocorrer quando se expõe.
Bem, sempre tive o sonho de fazer uma exposição itinerante de fato. Imagino um ônibus cheio de obras, circulando e expondo por todos os cantos, praças de pequenas cidades e nos locais que surgirem.  Penso que é de minha responsabilidade ter esse cunho social e educativo de poder propiciar o acesso à arte a quem quer que seja. Tanto aos que compram quanto aos que apenas veem.
 


Aonde você almeja chegar como Artista Plástico?
Não pretendo chegar, já cheguei. 
E explico para não parecer arrogante [risos]. A verdade é que há humildade nessa frase. Veja bem, quando iniciei na UFBA em 2002 tudo o que eu almejava era poder pintar e expor. E para pintar duas obras, eu precisava pintar uma e vender e com o dinheiro dela subsidiar a segunda e assim por diante. Então o fato de estar pintando e expondo há 15 anos é, de fato, aonde eu queria chegar. 
É bem verdade que uma carreira se constrói subindo degraus numa escada e essa subida é só uma consequência daquilo em que persistimos. Sou feliz e realizado por estar onde estou. E serei feliz e realizado por estar onde estarei.

 

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