OBRAS
VAN
Salvador (BA), 1986 I Vive e trabalha em Salvador (BA), Brasil.
A artista soteropolitana produz arte intuitiva. Curiosa. Acredita na beleza da simplicidade e na potência da intuição. Coração aberto para experienciar o que a vida oferece. Formada na área de marketing, com 12 anos de carreira no segmento do Live Marketing. Há 4 anos e meio, decidiu mergulhar no universo das cores redescobrindo sua força e expressão nas pinturas e experimentos com tintas, linhas e elementos naturais. Também integram o universo da artista, ilustrações exclusivas e feitas à mão, ilustrações digitais, palavras desenhadas com poesia nos objetos que fazem parte do dia a dia, além de paredes, murais e as mais diversas superfícies.
Natureza, flores e feminino fazem parte do universo pintados preferencialmente por aquarela e nanquim, transbordando um misto de força e leveza no caminho de ser, dar e sentir amor. Foi selecionada como uma das artistas para expor no Cow Parade, em Salvador, BA.
ENTREVISTA
Como você entrou para o mundo das Artes?
Despretensiosamente, através de amigas que observavam meus riscos numa tarde de trabalho. Porém, o contato com as artes visuais, música e dança vem de família.
O que você entende como Artes Plásticas?
Toda forma de expressão da alma, utilizando como meio de entrega e libertação. As experiências, observações e contato com recursos naturais, tecnológicos, sensoriais, memórias e abstrações de pensamentos e sentimentos.
Como você define sua Arte?
Intuitiva, com doses de caos, densidade, harmonia e sensações que de alguma forma toca, libera, liberta e acessa quem se permite sentir.
Quais são suas maiores referências no mundo das Artes?
Depois da Natureza, Yayoi Kusama, Basquiat, Kandinsky, Frida Kahlo, Bel Borba, Rosana Paulino. Dentre outros.
Quais são os principais temas utilizados em suas obras? E por quê?
Feminino. Natureza. Ancestralidade. Essa tríade que faz conexão com o mundo, suas questões e mistérios.
Quais as principais técnicas utilizadas em seus trabalhos? E qual delas você mais gosta de utilizar?
Nanquim, aquarela, acrílica, colagem. Em todas elas temos a escolha de criação. Seja realista, rica em detalhes, como também se permitir soltar, movimentar e se surpreender com os imprevistos e resultados singulares das formas e cores.
O que você busca passar através de suas obras para o espectador? Amplitude no sentir e pensar, com a presença de harmonia e questionamentos sobre o ser humano e sua natureza.
Quais as melhores e maiores experiências em sua carreira artística?
Não costumo avaliar as experiências. Todas valem e são trocas de ensinamentos e aprendizados. Levo arte para as paredes, murais e quadros para ambientes que reconhecem e têm prazer em respirar arte. As melhores, posso dizer que são as que acolhem, entregam e confiam no processo. Diz o ditado que a gente só entra onde é chamado. Se existe o chamado, o resultado é quase sempre prazeroso, enriquecedor e gratificante. Nas viagens pela Chapada Diamantina (BA), por exemplo, sempre é um momento de gratidão, troca e reconhecimento.
Nesse caminhar, ser selecionada como uma das artistas para expor no Cow Parade foi um momento de aceitação e internalização do meu lugar de ser humano e artista no mundo.
Em sua obra existe um cunho de protesto além do que se é obviamente visto? Se sim, qual? Se não, há algum tema que desperte a sua vontade de protestar?
Protesto por mais cuidado e atenção, pela liberdade de expressão e distanciamento das amarras do sistema capitalista, machista e que ainda limitam o desenvolvimento do ser humano, principalmente dos menos favorecidos. Protesto por mais limites e respeito nas escolhas. E, o mais importante, protesto pela presença do amor que anda esquecida nas nossas decisões do dia a dia e que em algum momento bate na porta da consciência.
Desejo me envolver em causas ambientais, que é o berço da nossa existência.
Você tem interesse em fazer uma exposição itinerante? Se sim, como você imagina essa exposição? Saberia dizer qual tema gostaria de abordar?
Sim. Uma exposição orgânica, sensorial, próximo à natureza. Tema: Seres. Espíritos em movimento. Penso que posso melhorar e ser mais poética! [Risos]
Aonde você almeja chegar como artista plástico?
No sossego.